terça-feira, 18 de outubro de 2011

Voto aos 16 anos, A conquista do povo brasileiro.

  O primeiro problema refere-se aos pressupostos de que as gerações anteriores tenham sido majoritariamente progressistas. Em verdade, confunde-se uma “minoria mitificada” com a suposta posição de toda a geração e constrói-se a imagem de que toda a juventude dos anos 60 e 70 eram militantes revolucionários, o que em definitivo não corresponde à realidade.
  A segunda questão diz respeito as interpretações apresentadas para a participação política no Brasil. É importante frisar que não só entre os jovens há um baixo nível de associativismo e participação, mas, pelo contrário, em todo o conjunto da sociedade há uma crise de mobilização e engajamento político sendo que a juventude em certa medida também reproduz essa tendência.
  O que mais se aproxima a um argumento na defesa da obrigatoriedade do voto é a idéia de que os cidadãos deveriam se interessar pelas eleições. Coisa que na maioria da população, não acontece assim.No fundo, o voto acaba sendo obrigatório pois assim mais pessoas desinteressadas irão votar, e suas escolhas são mais manipuláveis.
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De forma mais objetiva: fica mais fácil comprar o voto daqueles que, sendo livres, não iriam sequer votar.Mais quem sabe, era esse o objetivo de eles! -Fazer parecer que a politica no pais estaria melhorando, sendo que na verdade, eles só estariam com maior controle sobre ela na população.
 

  Rodrigo Constantino fez um levantamento do modelo de votação nos principais países do mundo, e a maciça maioria possui voto facultativo. Apenas Austrália, Bélgica e Cingapura, entre 20 nações observadas, adotam o modelo compulsório. O restante reconhece que o voto é um direito, não um dever. Em todos eles a idade mínima é 18 anos, quando não mais, como no caso japonês, onde votam somente os maiores de 20 anos.

 Infelizmente, tal tema é pouco debatido no país. Está na hora de colocar na pauta de reformas esta   questão. Somos cidadãos livres, não súditos.
      Vota quem quer.
   A escolha dos governantes deve ser um direito,
       não um dever.